Princesinha da pá virada essa Copabacana
vive radiante entre corpos dourados que a saúdam
em um reino cujo ouro é para todos
mas basta seu pai apagar a luz e dormir
que ela foge para as atraentes cores de um outro mundo.
A pá virada para longe dos muros do palácio cava os buracos mais profundos
e faz da filha do rei a filha da puta mais ralé de toda a plebe.
Tem algo de podre da realeza no meio da escória humana
misturando o sangue azul real com o leproso odor dos selvagens.
Ao menor sinal do despertar do todo-poderoso
ela, em sua pequenice, corre contra o tempo
sem tropeçar na calcinha deixada pra trás
antes que tudo vire abóbora
antes que tudo vire outro dia claro para denunciar um rastro incontido de prazer.
Princesinha
teu príncipe encantado
copacabanizado
lhe espera com o cheiro das suas partes íntimas nos dedos
dedos que contam as poucas nuvens que passam
e as muitas estrelas ansiosamente aguardadas.
A luz daquele brinco não é pra qualquer um
ela é pra todo mundo.
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