o
rosto colado na janela vê a singularidade passar acorrentada nas
masmorras do coletivo sem trilha sonora radiofônica e jabazeira
cortei a garganta do programador da última rádio do meu dial antes que ele dissesse que estava apenas cumprindo ordens
peguei um ônibus na rodoviária e fui embora antes que alguém aparecesse pra me agradecer
os fantasmas das estradas são almas depenadas à espera da companhia daquele rosto colado no lado de fora do vidro
eu sigo viagem e durmo profundamente o sono dos culpados
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