Querido cordão umbilical
que liga o homem são quando apronta
à outra ponta
a visceral
por quê não o deixa?
Larga-o sempre por aí
seco como uma ameixa
depois de sugá-lo
até a última gota
e quando ele apronta outra
lá está você
o elo entre o sensato
e o outro lado do ser.
No labirinto
de vinho e absinto
você espera na porta
a voz embaralhada
tonta e torta
da carta marcada
na rota.
Companheiro
amigo
porquê leva e traz contigo
sua presa na mão
cuja mão já é presa
na correnteza
da transgressão?
Nos conduz
para onde estamos
sem luz
sem planos
há cem anos
do final que filmamos
vamos do bem ao mal
pela diversão
no cordão umbilical
da contramão.
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5 comentários:
Grande Dio! Parabéns pelo poema. Conclusão infinita. É o conrdão umbilical e suas contramãos que nos garantem o direto de escoha. Um abraço!
Parabéns!
Um grande beijo!
No labirinto
de vinho e absinto
você espera na porta
a voz embaralhada
tonta e torta
da carta marcada
na rota
Tá show! Só queria que minha mãe tivesse todo esse desapego... Rs!
Angélica Castilho
Dio,
Mais uma vez você nos presenteia com uma reflexão vital.
Abraços,
Marcelo Sales.
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