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sábado, 29 de novembro de 2008

Letras Tortas III

A terceira edição do "Letras Tortas" aconteceu, mais uma vez, após uma semana inteira de provas. Mesmo com a ausência de alguns membros (sem trocadilho) vitalícios (idéia do Daniel), o encontro foi cheio de idéias, besteiras, revelações e ... ÁLCOOL!!!!!

Quem esteve presente, vai relembrar aqui tudo o que veio à tona naquela noite. Pra quem perdeu, vai aí um pouco do encontro.



Um por todos e todos pelo álcool!






Do hetero...






...ao homo.






Paralelas que se cruzaram (sem trocadilho).





Essa caipirinha não fez estrago.


Essa fez.







Nosso amigo Daniel ainda não estava presente quando a foto foi tirada.













"Como estava muito frio, a gente ia direto pra banana."







"Dá pra parar de aprofundar o negócio?"







"Entre mortos e feridos, vários aleijados."







"Álcool não é problema. Álcool é solução."







"Nunca fiz amigos tomando água."







"Nunca ouvi história de quem toma leite."







"Até o meu canudo ficou emocionado."







"Ele escolheu KY."







"Mel rima com Hell."







"A intensidade é a graça da vida."







"No submundo não hetero, o ursão é o peludão."







"Eu dou pra cabeleireiro."













Não é tristeza, é álcool mesmo.

Destaque para Márcia Lucius. Logo em sua primeira participação no "Letras Tortas", nossa amiga já incorporou o espírito que rodeia este grupo. Márcia, até agora, na curta história do "Letras Tortas" é a pessoa que mais ficou torta e, conseqüentemente, que mais honrou o nome que nos batiza. Parabéns!!!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A menina que lê*

*Terceiro lugar no concurso de contos de terror da Faculdade CCAA.



Tarde demais. Quando a instituição se deu conta da repercussão e decidiu levar o caso a sério, apressando-se em dar uma versão convincente do ocorrido, a história já havia chegado à boca dos alunos. Conversas ao pé do ouvido levantavam muitas possibilidades. Boato? Sensacionalismo? Marketing? Algo para além da nossa vã compreensão? O fato era que algo que, a princípio, parecia ser banal, sem importância, tinha sacudido a faculdade em suas extremidades. Pêlos arrepiavam-se, unhas eram trituradas por dentes famintos, olhos esbugalhavam-se com o tom de voz soberano dos propagadores dela, a figura central de todo o caos instalado, o ser inexplicável, a criatura que marcou a vida e a morte de muita gente
Era mais um fim de noite de estudo para os alunos e de trabalho para os funcionários da Faculdade Antônio Cândido. Salas, aos poucos, ficavam vazias. Elevadores, cheios. Despedidas efêmeras na porta da instituição educacional decoravam os últimos minutos daquele momento. Às 22h10min, já não se tinha sinal de estudantes por lá. Entretanto, como era de costume e fazia parte do procedimento padrão, Jonatan – um dos funcionários – checou todos os andares, desligando as luzes, fechando as salas e conferindo se não havia de fato mais alunos circulando pela Faculdade.
- Pronto! Conferi de cima para baixo, do último ao primeiro andar. Está tudo certo – falou com firmeza.
-Acho que não – respondeu Guimarães, outro funcionário que, pelos monitores, via tudo. – Você passou no quarto andar, Jonatan?
- Sim – disse o rapaz surpreso. – Por quê?
- Tem uma menina sentada no quarto andar. Ela está lendo! – Exclamou apontando para a tela. – Ela não sabe que a saída é às 22h00min? E pela luz forte de lá, a iluminação do corredor não foi desligada.
- Que estranho! Eu jurava que tinha passado por lá. Mas tudo bem. Vamos nós de novo – esbravejou levemente Jonatan, sabendo que por causa disso, chegaria mais tarde em casa.
Foi ele pelo elevador. As portas abriram-se como se fossem uma passagem para outro mundo. Jonatan deu uma última olhada para Guimarães e para os outros funcionários que se faziam presentes, antes de embarcar. O número quatro, acionado. O fechar das portas estalaram em sua alma num encontro de pavor e tensão. Era a primeira vez que algo daquele tipo estava acontecendo. Quando chegou ao quarto andar, a escuridão do lugar parecia recebê-lo com um sarcástico e tenebroso “bem-vindo”.
- Guimarães na escuta?!
- Na escuta, Jonatan!
- O quarto andar está completamente apagado.
- Como assim? Aqui no monitor está tudo muito claro.
- Mas aqui está escuro.
- E a menina? Você achou?
- Calma. Terei que ligar a lanterna.
Jonatan a procurou e nada. Após achar que a menina teria descido pela escada, o funcionário aproximou-se da câmera colocada no quarto andar e, usando seu rádio transmissor, disse que não havia ninguém ali. Porém, Guimarães e todos os outros que assistiam pelo monitor, pálidos de perplexidade pelo o que viam, tentavam vencer o congelamento provocado pela cena que os assombrava: Jonatan, de frente para a câmera e com o rádio na mão, dizendo não ver ninguém, e a menina ali, ao seu lado, encarando-o com seu vestido branco, cabelos longos meio embaraçados, rosto angelicalmente escatológico e livro no peito entre suas mãos. De repente, a câmera parou, o rádio quebrou e tudo sumiu.
A partir de então, todas as noites na Faculdade Antônio Cândido eram cobertas de um cinza amedrontador, um nublado catastrófico, uma escuridão que pairava naqueles que iam ao quarto andar após as 22h00min da noite. Sumiços sucediam-se. Versões apareciam. A faculdade prontamente divulgou uma nota informando que os funcionários que sumiam, na verdade, eram apenas demitidos por não se adequarem a filosofia de trabalho da empresa. E sobre a menina vista nos monitores da recepção, tudo havia acontecido por causa de uma imagem congelada. Porém, a menina, apelidada de “a menina que lê” já era famosa no meio universitário.
Nenhum aluno ficava além da hora no período da noite. Ainda mais estudando no quarto andar. Havia chegado um momento em que até alunos estavam sumindo e ninguém queria ser o próximo. Porém, houve uma aula que acabou às 21h59min. A saída foi uma correria para os elevadores e para a escada. Nesta confusão, Kleitor escorregou, bateu com a cabeça no chão e ali mesmo desmaiou, ficando para trás. Kleitor era aluno da faculdade e, assim como todos os outros, queria ir para casa o mais rápido possível. Sua única companhia até então era o sangue que saída de sua cabeça. Até então.
A vida acadêmica não podia parar. Professores davam aula, alunos estudavam e funcionários trabalhavam. Aliás, os funcionários eram a fonte dos alunos. A cada comunicado da faculdade, uma nova história era contada à boca miúda, negando a versão oficial. Funcionários decidiam no jogo de azar ou sorte quem iria até o quarto andar, já que era obrigação deles. E o escolhido da vez foi Guimarães. Logo ele que viu muitos amigos sumirem, alunos e funcionários. Logo ele que estava na primeira aparição da menina. Logo ele que tinha medo do escuro.
- Estamos com você, Guimarães! Vai dar tudo certo! Coragem! – incentivavam os outros funcionários (porém aliviados por dentro por não estarem no lugar do pobre Guimarães). Guimarães riu timidamente e entrou no elevador. A cada andar, o coração parecia querer sair pela boca. Chegando ao seu destino, suas mãos suadas e trêmulas mal conseguiam segurar o rádio transmissor e a lanterna previamente ligada. O rádio toca.
- Que susto, Josué! Quer me matar?
- Só queremos saber se está tudo bem com você.
Apesar da respiração ofegante, Guimarães disse que estava tudo bem. Viu que a luz do quarto andar estava desligada e pensou logo em descer. Mas ouviu uma voz. Guimarães engoliu o medo e decidiu descobrir se era algum aluno ou a temida menina. Ao colocar os pés no corredor, a menina olhou nos seus olhos, jogou o livro que carregava na sua direção e mais um sumiço se fez. Sobrou o rádio e a lanterna no chão. Josué o chamava e o silêncio era a única resposta.
Refeito do desmaio e com a cabeça machucada devido à queda, Kleitor acordou e viu a tal menina arrastando Guimarães pelo quarto andar, levando-o sabe-se lá para onde. E mais distante, o rádio quebrado. A menina, puxando Guimarães pelo braço, olhou para o lado e viu que tinha um corpo ali. Na mesma hora, Kleitor fechou os olhos e fingiu-se de morto ou que ainda estava desmaiado. A menina, após levar Guimarães para algum lugar do quarto andar, voltou e puxou Kleitor pela mão. Levou-o para a última sala do quarto andar que, inexplicavelmente, estava aberta. Lá, estavam todos os desaparecidos. Sentados, comportados e mortos. Kleitor foi colocado na última cadeira e teve a aula da sua vida. A menina, antes de abrir o livro, iniciou sua aula apresentando os dois novos colegas da turma.
- Antes de começar nossa aula, quero apresentar dois novos amigos. Qual o nome de vocês? – Kleitor continuou de olhos fechados e segurando a respiração o máximo que podia. – Vocês estão tímidos, eu entendo. Espero que com as aulas, vocês possam se sentir mais a vontade.
A menina lia histórias de terror, enfocando em assassinatos, mortes, estupros, decapitações, torturas e esquartejamentos. Sempre com a participação dos seus alunos. Kleitor via cabeças rolando pela sala, braços e pernas cortados, corpos abertos e rasgados pelo pé da mesa da então professora e muito, muito sangue. Tudo para tornar mais real as histórias. A menina, com seu livro aberto, lia a história e só parava para a representação dos momentos mais sangrentos. Kleitor viu-se em um filme de terror. Mas no fim, salvou-se.
- Por hoje é só, minhas crianças. Vocês, meus mais novos alunos, deixei vocês se ambientarem hoje. Mas só por hoje! Próxima aula, quero ver vocês participando.
Da mesma forma que ela apareceu, ela sumiu, saindo da sala e desaparecendo no corredor. Kleitor não conseguia se mover de tanto medo. Muitas horas depois, ele saiu do lugar, passando entre os corpos estirados na sala. Foi até a recepção, mas a faculdade já estava fechada e vazia. Era madrugada. Teve que esperar o dia amanhecer. Gritou desesperadamente até o sol aparecer no horizonte.
No dia seguinte, encontraram Kleitor em estado de pânico. Ouviram sua história. De imediato, foram até a sala onde ele disse ter acontecido tudo. Nada foi encontrado. Kleitor manteve sua versão. Fez escândalo na frente de todos. Disse que não estava louco, que tinha visto tudo. A alta cúpula preferiu levar Kleitor para um lugar reservado, mesmo com sua resistência. Alunos e funcionários assustaram-se. Era a primeira vez que alguém tinha visto de perto a tal menina. Mais que isso: era a primeira vez que alguém tinha retornado do quarto andar após vê-la. Logo a faculdade anunciou que tudo se deu pelo trauma do aluno Kleitor ter ficado trancado na faculdade. E com todas as histórias inventadas, ele ficou impressionado e imaginou tudo aquilo. E que os responsáveis seriam cobrados por isso. Em outras palavras, os funcionários.
Nunca mais Kleitor foi visto. As histórias continuaram. Os sumiços no quarto andar também. Assim como as satisfações da instituição. Josué era o único funcionário da faculdade que havia restado daquela última experiência. Evitava falar sobre aquilo. Lembrava das últimas palavras do amigo Guimarães e do rádio mudo. Não demorou muito tempo, pediu demissão, antes que fosse sorteado para ir ao quarto andar. Despediu-se de todos, funcionários, diretores, professores e alunos. Ao olhar pela última vez a Faculdade Antônio Cândido, viu na janela do quaro andar uma menina e um recado escrito à sangue que dizia “vem estudar comigo”. Coçou os olhos e nada mais viu. Seguiu seu caminho. E a menina, suas aulas.

Atemporal*

Poeta sem data
morte abortada
o tempo é grande.
A diva dúvida
nunca é a única
desafiante.
O cerne
humano
quer-me
profano
falso
etílico
nem a bíblia
faz-me bíblico
vide a vida
corrompida
com roupinha
provocante
achando-me frouxo
ou coxo
nem olho roxo
põe-me distante
da tentação
da condição
da alma
e do físico.
Atemporal é o verso
cujo acesso
ao sofrer
seja intrínseco.




* Com o aval de Stella Leonardos

sábado, 1 de novembro de 2008

Texto de Abertura da Terceira Mostra da Faculdade CCAA

Senhoras e senhores, moças e rapazes, meninos e meninas, professores, universitários, funcionários da instituição que nos abriga, público em geral. Muito bom dia a todos. Mas o que faz um dia ser realmente bom? Apenas um cumprimento? Uma saudação? Uma palavra? O tempo? Uma promoção no trabalho? Não haver trabalho? Com certeza, muito do que vai determinar se teremos um bom dia ou não é o lugar para onde estamos indo. Se você gosta daquele ambiente, daquelas pessoas, daquilo que será colocado como principal ponto de discussão, provavelmente você não terá somente um “bom dia”, mas também um dia bom. E quem se propõe a prestigiar um evento acadêmico busca uma gama de temas interessantes que sejam esmiuçados em debates e palestras para uma melhor compreensão. Um passo a mais na longa caminhada do conhecimento.
Nos próximos dois dias, a Terceira Mostra da Faculdade CCAA ganhará vida através de todos aqueles que carregarão um pouco dela em si e darão de si um pouco por ela. No teatro ou em uma sala de aula, alunos, professores e convidados especiais apresentarão ao grande público, trabalhos inéditos em suas respectivas áreas de estudo, resultando numa diversidade altamente satisfatória entre os cursos de Administração, Comunicação Social e Letras, cuja meta é justamente a troca de informações e experiências em seus campos. E este “compartilhar” não é restrito àqueles que participarão efetivamente do evento. A relação entre os cursos e o público presente é também o ponto alto da Mostra. Tal variedade marca a intenção de saciar a sede de quem sabe que nada sabe e, assim, ao invés de fechar as portas para o novo, as escancara, em prol do sucesso da próxima lição. É desarma-se conscientemente, inocente na arte do aprendizado. É mergulhar no assunto dominado por terceiros de peito aberto e ouvir as colocações daqueles que desejam que ao menos uma gota do seu ‘saber’ respigue neles. Quando o conhecimento é a moeda de troca, não há crise econômica que o desvalorize.
Nos próximos dois dias, este intercâmbio será a tônica da Terceira Mostra da Faculdade CCAA. Variações sobre o mesmo prisma que poderão acarretar em futuros diálogos Pós-Mostra, elas indicam este evento como um possível pontapé inicial para a realização de outros trabalhos. Quem sabe, nesta Mostra, aquela mesa redonda ou aquela palestra não desperte o interesse de alguém em ir mais fundo em tal explanação? Muitos alunos que estarão apresentando seus respectivos trabalhos nesta Mostra lembram-se de outros que tiveram grande repercussão na Faculdade CCAA. E os professores que darão o ar da graça neste evento também nos presentearão com assuntos instigantes recheados de curiosidade e interesse. Sem esquecer as exposições permanentes que poderão ser apreciadas nas salas de aula.
Aqui as diferenças se igualam e a dessemelhança reflete-se no mesmo espelho. A normatização abre espaço às variantes possíveis e a discordância concorda com a novidade que chega à nossa praia - tão comum pra nós, tão complexa pra outros.
Esta Mostra não pretende diminuir a importância das diferenças. Ela vem, ao diversificar seu formato, mostrar sob um ponto de vista geral, que aprender com o outro é também aprender consigo. E se cada um está mesmo no seu quadrado, estamos aqui pra provar que não há atitude mais quadrada em tempos de conhecimento plural.
Outro aspecto presente na Terceira Mostra da Faculdade CCAA é o cultural. O desenvolvimento intelectual estará na batida de cada pensamento brindado por nós. O estudo dos alunos em cima dos tópicos apresentados no decorrer do ano letivo resultou nesta oportunidade dentro da Mostra. Um prêmio àqueles que caíram de cara nos livros e adquiriram um conjunto harmonioso capaz de exprimir em sucintas palavras, questões, colocações e raciocínios.
Para acrescentar nossa bagagem cultural, o curso de Administração traz o profissional capaz de organizar negócios e empreendimentos, diagnosticando problemas, buscando soluções, sabendo lidar com sua equipe de trabalho, organizando-se e enfrentando mudanças. Apto a atuar nas áreas de Ciências Gerencias, o gestor deve ser humanístico em seus valores e possuir uma formação técnica e científica que o capacite a empreender, liderar e aperfeiçoar-se sempre. O profissional também precisa ser um estrategista, saber refletir criticamente a respeito da produção que está sendo feita e possuir algumas características básicas como iniciativa, desejo de aprender, determinação e vontade política.
Já o curso de Comunicação Social enriquece a Mostra ao apresentar o profissional ético que sabe lidar com a informação tanto analiticamente quanto comercialmente, dominando as diferentes mídias para a produção de um conteúdo que seja relevante à sociedade, sempre com um olhar crítico referente à própria profissão. O trabalho em grupo também é considerado de vital importância para o profissional de comunicação. Pois em um mundo globalizado, trabalhar em equipe torna-se, cada vez mais, uma exigência. O apuro técnico, o reconhecimento do seu papel transformador e mobilizador, a perspectiva mercadológica, o compromisso social em atenção às minorias e a permanente atuação dentro da Comunicação são algumas características que marcam positivamente o profissional deste campo, sempre valorizando novas pesquisas e perspectivas na área.
Por fim, o curso de Letras apresenta seu profissional capaz de lidar criticamente com as linguagens, indo além da reflexão teórica e relacionando-a com sua prática. A importância da utilização de novas tecnologias no processo de construção do cidadão torna o profissional de Letras não apenas um instrutor lingüístico, mas um cidadão educador e investigador, em uma constante busca do auto-aperfeiçoamento. O desenvolvimento teórico e descritivo das línguas em relação aos discursos, a relação entre a teoria e sua utilização no ensino, o domínio das literaturas e sua inter-relação com outras expressões artísticas, a compreensão da diversidade intrínseca da língua, a valorização da troca entre o cânone e o popular, a contribuição no campo educacional e a propagação da autonomia e da criatividade descrevem com exatidão este profissional participativo em várias manifestações culturais.
A Terceira Mostra da Faculdade CCAA mostra-se como uma excelente oportunidade para expandir horizontes em nome de um espírito sempre inquieto, atrás de algo que está para além do óbvio.
Esta Mostra é um momento importante tanto para a Faculdade CCAA quanto para aqueles que terão seus trabalhos expostos. Os docentes abordarão temas que, algumas vezes, fogem do que a ementa pede e, assim, quase não temos a chance de vê-los em tal momento. Aqui, veremos este outro lado pouco conhecido por parte de seus discentes.
Já para a instituição, é a chance de apresentar à comunidade um pouco do que ela produz em um ano inteiro de estudo e pesquisa, com pensamento crítico e veia investigativa, filtrando e selecionando informações em meio a uma aceleração de vida provocada pelas novas tecnologias. O progresso individual contribui para a evolução cultural de toda a coletividade graças à parceria de alunos e professores, imbuídos nesta causa.
E os alunos? Diferentemente das outras duas edições, esta Mostra teve a participação direta dos discentes na produção do evento. A correria nas reuniões atrás do que palestrantes e convidados especiais necessitariam para suas apresentações não diminuiu a vontade de proporcionar aos espectadores um evento bem preparado e de acordo com a organização pela qual a Faculdade CCAA sempre preza.
Outro ponto relevante em relação aos alunos é a oportunidade de mostrarem trabalhos bem sucedidos na Mostra, sem preocupação com nota. A avaliação por parte do público e o prazer em expor algo feito por eles é o que os move para mais este desafio, sem restringi-los aos muros da sala de aula.
A importância da Terceira Mostra da Faculdade CCAA está na formação do seu público, ávido por conhecimento e cheio de desejo intelectual diante do que temos a oferecer. Trata-se de um grande encontro. Uma festa entre a comunidade e a academia. Pessoas de todas as classes, de todas as raças e de todos os credos são bem-vindas a este acontecimento que reúne profissionais capacitados e gabaritados em suas funções e alunos com ânsia de apresentar o que por eles foi desenvolvido ao longo deste período.
O filósofo alemão Hegel disse certa vez que “nada existe de grandioso sem paixão”. Em cada debate, em cada palestra, em cada exposição, inclusive nesta abertura, mesmo que aparentemente não fique muito claro, tenham a certeza de que a paixão está lá, nas palavras, nos raciocínios e no prazer de desvendar o infinito universo que nos espera. Boa Mostra a todos!